Espinheira-santa

Nome científico: Maytenus ilicifolia

Família: Celastraceae

Nomes populares

Cancerosa, cancorosa, cancorosa-de-sete-espinhos, coromilho-do-campo, espinheira-divina.

esanta1.jpg, 52kB

Espinheira-santa - detalhe.



ASPECTOS BOTÂNICOS

Planta subarbórea, de pequeno porte (1,5 a 3 m), perene. Possui caule lenhoso e esgalhado, folhas lanceoladas e dentadas, verde-escuras e brilhantes na face ventral e verde-claras e foscas na dorsal, margens com vários pares de dentes espinhosos e ápice agudo. O número de espinhos dos bordos foliares é geralmente ímpar (5, 7 ou 9), raramente com os bordos lisos. Raízes fortes e numerosas, avermelhadas externamente e amareladas internamente. Flores muito pequenas, amarelas ou branco-esverdeadas, agrupadas em inflorescência tipo fascículo, nas axilas das folhas. Fruto tipo cápsula, seco, ovoide, inicialmente amarelo-esverdeado passando a alaranjado e depois a vermelho, que comporta dois ambientes para as sementes.

esanta.jpg, 213kB

FITOQUÍMICA

- Ácidos tânico, clorogênico, maytenoico, e salicílico;

- Taninos, maitanosídeos, glucosideos, triterpenos quinoides, dímeros (pristimerina, maitenina, etc), Diterpenos,

- Lactonas;

- Cafeína;

- Flavonoides;

- Mucilagens;

- Açúcares livres e sais de feno,

- Sódio, cálcio e enxofre.


PARTES UTILIZADAS

Folhas.


INDICAÇÕES

Eficiente no combate de úlceras pépticas e gastrite crônica. Externamente utilizada no tratamento de feridas, acnes, eczemas, ulcerações, herpes. A casca do tronco é utilizada como anticancerígena, preparada em decocção. A decocção das folhas é usada para lavar feridas; por via oral é usada como febrífuga. Ainda indicada para a atonia gástrica, hiperacidez, gastralgias, afecções hepáticas, renais e intestinais e afecções de pele.


FARMACOLOGIA

A pristimerina e a maitenina possuem atividade antitumoral comprovada. A planta apresenta atividade diurética, analgésica, antimicrobiana, antitumoral e antiulcerosa em ratas com úlceras induzidas. O extrato das folhas reduz sensivelmente as ulcerações gástricas em estômago de cobaias. Segundo resultados da Central de Medicamentos do Brasil (CEME), a espinheira-santa apresentou um marcante efeito protetor de úlceras comparável aos medicamentos Cimetidina e Ranitidina.


ATIVIDADE BIOLOGICA

O extrato da planta inibe o desenvolvimento de microorganismos Gram positivo e negativo, habilitando-a como vulnerária.


FORMAS DE USO

Infusão, decocção, compressas, tintura.


TOXICOLOGIA

Pode reduzir a produção de leite em mulheres lactentes.